Entrevistamos o alagoano Woltexx para contar mais detalhes sobre seu novo projeto de live set

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Por em 26 de janeiro, 2022 - 26/01/2022

O label head da Audiominima Records já soma mais de quinze anos de trabalhos dedicados à música eletrônica. Nascido em Alagoas, Woltexx é um dos representantes mais fortes do estado nesse nicho, já teve suas músicas tocadas em podcasts importantes, como Behind The  Iron Curtain, de Umek, e o Wildcast, do Sharam, contando também com um set lançado na Rádio Noise, de Anderson Noise. 

Há alguns meses, ele também recebeu elogios diretamente de um dos duos mais hypados do momento, o Binaryh, graças a sua música “Illusion”, que saiu pela Levels Rec em fevereiro do ano passado — tanto que a música chegou em diversas playlists do Spotify e foi abraçada na oficial da Get Physical Music.

Voltado para o Melodic Techno e Progressive House, o artista acaba de lançar um live set gravado com 100% de músicas autorais, synths, drums e efeitos. Gravado no Stella Marina, na Barra de São Miguel pela produtora audiovisual Empire Studio BR e está disponível no YouTube (vídeo) e Soundcloud (áudio). Conversamos com ele para saber mais sobre sua história e os planos futuros.

Olá Woltexx, tudo bem? Primeiramente, obrigada por esta entrevista. Bom, vamos do começo, você vem de uma região que culturalmente não é tão ligada à música eletrônica se comparada a outros estados. Conte pra gente como começou seu interesse por essa área…

Eu nos meus 5 anos de idade eu não largava um vinil, me diziam que eu chorava se me tirassem os discos das minhas mãos, eu cresci ouvindo muita música de qualidade como Jazz, Rock e muita música dos anos 80 como, Depeche Mode, New Order, Pet Shop Boys. Meu pai e minha irmã, são pessoas importantes no primeiro contato com a música eletrônica, isso foi em 2000 onde eu ia para algumas festas com eles, e em casa só ouvia house music e as conversas com meu pai sobre tecnologias de sistema de som, era super maravilhoso.   

E como era e é a cena na sua cidade? O que você viu acontecer em termos de evolução? 

A cena em Maceió era bem pequena, no início do ano 2000 foi onde fui para várias festas do núcleo Pragatecno, ele fazia festas em galpões, era bem underground. Tinha também um DJ que conheço que fazia vários projetos de festas pequenas e grandes. A primeira grande festa que eu toquei foi em 2005, toquei para 4.800 pessoas, na qual a cidade começou realmente a evoluir nessa época, em termos de produção de festa e foi aumentando cada vez mais a tribo, os amantes da música eletrônica. Hoje em dia rola grandes eventos, com vários artistas internacionais, no qual eu tive oportunidade de tocar.       

Suas produções já alcançaram o alto escalão da música eletrônica. Como é a sensação de expandir e levar sua música a nível mundial aos grandes nomes? Aliás, como você conseguiu isso?

Eu produzo profissionalmente, já faz mais de dez anos, e ao longo do tempo fui melhorando a qualidade das minhas músicas, como no arranjo, na mix e master. E com isso meu trabalho musical foi ficando mais conhecido, o segredo ė nunca desistir  dos seus sonhos.

E os desafios dessa profissão? Teve algo nestes quinze anos que te fizeram repensar? 

Como eu vivo só de música, tem que ter festas e ficar sempre produzindo músicas constantemente, mas nessa pandemia me fez pensar bastante sobre, mas o amor pela música é enorme, não quero baixar a cabeça nunca. Tento me sobreviver também fazendo mix, master e dando curso de produção musical.   

Você gravou seu live set autoral recentemente… era um desejo antigo de criar um formato próprio para se apresentar ou é algo que foi acontecendo ao passo que você evoluiu? Quais são as vantagens desse formato, na sua visão? 

Era um desejo antigo, minha referência para isso são dois grandes artistas: Gui Boratto e Stephan Bodzin. A vantagem é que é muito mais emocionante e único. Convidei a  cantora Viv, para produção de duas músicas, na qual ela também se apresentou comigo. Eu estou tentando fazer algo diferente, não usar tanto cdj e mixer.  

E como se deu a escolha pelo local? Ele possui algum significado especial para você? 

O local Stella Marina é muito bonito e procurado pelos turistas e palco de grandes eventos, super cenário. A Barra de São Miguel é um dos paraísos de Alagoas.

Ficamos sabendo que você está prestes a lançar um álbum também. Conte como está sendo esse projeto… Para quando podemos esperá-lo?

Essa ideia de lançar um álbum na metade da pandemia, onde eu produzi muitas músicas, lancei alguns singles e EPs. Mas a vontade só cresceu em lançar um álbum, estou no processo de conseguir uma gravadora legal para lançar, no início do ano 2022. 

Além disso, você tem seu próprio selo, a Audiominima Records. O que a gravadora busca em termos de entrega sonora? E como você concilia as duas coisas juntas?

Tenho minha gravadora já faz um bom tempo, criei na época para lançar minhas primeiras produções e fazer o network com outros produtores. Não tem um estilo tão específico para outros produtores lançarem, se eu gostar do track, eu assino. Cuidar da gravadora não é fácil, tem que saber planejar, e tem que investir. Atualmente não estou dando tanta atenção.

Por fim, o que está nos seus planos para 2022?

Em produzir muito, com parceria com grandes artistas, meu álbum e tocar em grandes festivais.

Woltexx está no Instagram e no Soundcloud.

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