Por em 16 de dezembro, 2021 - 16/12/2021

“Last night a deejay saved my life”… quem nunca voltou para casa com esse sentimento de descarrego após uma sessão em pista, embalados por um bom DJ? É fato que, enquanto sociedade, com o passar dos anos a função de DJ acumulou tanta importância quanto as demais. E é justamente se classificando como “terapeuta sonoro” que Lucas V. faz seu potencial trabalho aflorar.

O paulista baseado em Santa Catarina usou a música como ferramenta terapêutica na pandemia e agora busca proporcionar o mesmo aos seus ouvintes. Assim, começou uma série de lives na Twitch, o que o rendeu o destaque pela técnica primorosa e profunda pesquisa musical — características essenciais que formam grandes DJs.

V. demonstrou ao longo da pandemia um potencial digno de aplausos e agora com o retorno das pistas, está pronto para transportar toda essa complexidade que o despontou virtualmente, para o presencial. 

Conversamos com Lucas sobre suas projeções e expectativas para o próximo ano. Confira!

Oii Lucas! Nada mais justo começar pelo seu background né? Conta um pouco sobre as referências musicais que você tem, como você decidiu que era hora de se lançar como DJ, e claro, esse trabalho de “terapeuta musical” que você fala. rs

Oi pessoal! Então, eu cresci ouvindo Daft Punk, Justice e The Chemical Brothers, é a trindade da música eletrônica! Também aprecio muito o trabalho de produtores como Joris Voorn, Eric Prydz, Albuquerque e Kolsch. Eu já tocava em festas de amigos e eventos corporativos, porém foi no início da pandemia que eu vi que ali teria uma oportunidade, sabia que abriria mais espaço para Djs nacionais no recomeço. O melhor de ser Dj é você poder compartilhar o seu amor pela música com outras pessoas e recentemente tenho ouvido 

Você vem aí de uma sequência de lives na Twitch que te renderam uma boa lapidação. O que você aprendeu durante essas transmissões e que com certeza, levará com você para essa próxima etapa presencial?

Fazer uma boa construção de set navegando entre estilos foi onde me encontrei e o que mais aprendi durante as transmissões. Para isso busquei mais conhecimento e tornei as minhas pesquisas musicais em uma rotina diária. Outro ponto é fazer diversas coisas ao mesmo tempo, pois nas transmissões também atacava de VJ.

Você também toca o ÂmeDeep podcast né? Como têm sido essa experiência?
A ideia do podcast é trazer um lado do Lucas mais profundo, buscando inspirações da natureza, religião e tudo aquilo que te faz entrar em transe e sair de órbita. O objetivo também é dizer para o mercado que “cheguei” e estou aqui para ajudar a crescer a cena, pois sabemos que a música eletrônica no Brasil ainda é resistência.

E vamos ao futuro? Já existem futuros projetos previstos?
Tenho o sonho de criar um evento “showcase”, como os eventos que rolam do I Day I Dream, porém não quero criar apenas um evento e sim uma experiência.

O mercado de eventos no Brasil ainda engatinha se tratando de experiência. A experiência começa desde o suporte e atendimento dos seus fãs (hoje você só vê em núcleos menores) até a concepção do evento e tudo o que ele cerca, se tratando de estrutura, curadoria e muito mais.


Elrow, I Day I Dream, Rock in Rio são exemplos de quando a equipe pensa fora da caixa e foca em criar a experiência e não somente na venda de ingressos. Você precisa confiar no processo e investir na ideia para que seja recompensado com o posicionamento certo na cabeça do público. Hoje, se tratando de experiência é mais do mesmo, porém os núcleos menos vem aí para mudar a cena e isso é muito positivo!


Cultura Cosmo e Margem são exemplos que estão vindo aí para balançar a cena.

Diante dos desafios de se lançar em plena pandemia, a ideia do retorno tem sido tranquila pra você ou ainda rola aquele frio na barriga?
Não vejo a hora de isso acontecer, estou bem ansioso e focado para que isso aconteça o mais rápido possível. Hoje, já me sinto pronto para estrear e espero ver toda essa energia do público que recebi nas lives ao vivo.

Por último, mas não menos importante: quais as expectativas pra 2022? Valeu pelo papo e sucesso, Lucas!
As minhas expectativas são as maiores possíveis! Estrear em clubs, exponenciar o meu podcast e ajudar pequenos núcleos de música eletrônica a crescer na cena atual.
Após ver o retorno de vários clubs e núcleos, o que posso dizer é que existe muito espaço no mercado e a criatividade pode ser a chave do sucesso!

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Its All About Groove!

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