De Classmatic a Fred Again: as referências que formam o DNA sonoro do jovem Quant

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Por em 13 de setembro, 2021 - 13/09/2021

Rafael Prata Ramos é um dos artistas que podemos chamar de prodígio. Iniciando sua carreira aos 15 anos, o jovem que atende pela alcunha de Quant veio para somar criatividade e talento dentro do cenário do Tech House nacional. E engana-se quem pensa que a pouca idade significa pouca habilidade. Hoje, com 17, o goiano natural de Cristalina estreia a primeira faixa oficial e prova que o fator idade pouco importa.

Com um campo musical amplo de referências, Quant conecta inspirações provenientes principalmente do Tech House, mas também não dispensa misturas inusitadas que remetem ao Trap e ao Drill, como bem podemos identificar em sua “Yo 90”.

O DNA sonoro de Quant absorve o trabalho de artistas que vão de Classmatic a Fred Again, passando por atmosferas “gangsta” e até mesmo um apreço estético pela sonoridade dos anos 80/90. Conversamos com ele para entender mais a fundo sobre suas referências musicais, o que o inspira na hora de produzir e o que podemos esperar para os próximos meses.

GRVE: Rafael, tudo bem? Quando você começou a ouvir música eletrônica, quais foram os artistas que mais te impressionaram? Como você caiu nesse universo? 

Quant: Opa, tudo ótimo! Quando comecei a ouvir música eletrônica, me apeguei muito ao estilo sonoro do Skrillex, Vintage Culture, Carl Cox. Eu caí nesse mundo por conta de um amigo chamado Thiago que me levava na escola, quando estávamos no carro ele sempre me mostrava músicas eletrônicas, comentava muito comigo sobre Deep House. Eu então instalei um aplicativo no celular de fazer beats chamado ´´Drum Pads´´ e desde então mostrava pra ele os beats que eu fazia e ele sempre falava que estava muito bom e assim fui mostrando para as pessoas em minha volta e fui percebendo que eu nasci para isso. 

E essas referências iniciais hoje ainda incorporam seu case sonoro ou houve boa transformação em sua base musical? Como está sendo esse processo de construção de identidade?

Posso dizer que sim, Carl Cox segue muito como referência para mim hoje, houve uma certa alteração, confesso que hoje estou muito apegado a artistas como Michael Bibi, Classmatic, Cloonee. 

O processo de construção de identidade vem sendo construído aos poucos, está sendo um processo leve, pretendo colocar as minhas referências como o Drill cada vez mais presente nas músicas em basslines e nos “hats”

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Se fosse para citar cinco artistas que mais te inspiram atualmente, quais seriam eles?

Cloonee, Amine Edge & DANCE, Victor Lou e Classmatic. 

Sua faixa de estréia “Yo 90” remete a nostalgia dos anos 90, principalmente através do vocal e até mesmo da estética visual que integra o artwork da faixa. Pelo que exatamente você tem um apreço dessa época? Já que você é de 2004… 

Pelas roupas e pelas músicas. 

Além da inspiração temporal, a faixa também leva as inspirações das batidas do Trap e do Drill, além da própria energia do Tech House. Como surgiu a ideia de montar a faixa sob essa mistura sonora?

Veio naturalmente, comecei a produzir e fui colocando a mistura sonora de uma forma natural e nem fui me apercebendo, só flui o que tinha dentro de mim. 

Para fechar nosso papo, essa pegada mais “gangsta” também é uma atmosfera presente em sua assinatura, certo? Quais gravadoras que possuem um trabalho voltado para essa sonoridade você acompanha e vê um dia lançar? 

Correto! Cuff, Solid Grooves, Treasure Series. Curto também da “Dirtybird” e da pegada sonora deles. 

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