Por em 13 de setembro, 2021 - 13/09/2021

Destacando-se como um forte candidato para levar o Techno brazuca cada vez mais longe, temos a honra e orgulho de entrevistar hoje nosso “conterrâneo” Bervon, artista que, assim como nós, é aqui de Curitiba e vem somando importantes conquistas na carreira.

Recentemente, ele teve seu release mais importante da carreira, lançando o single “Confused” pela renomada ODD Recordings, mas ao longo dos últimos meses ainda emplacou trabalhos por outras labels inéditas, como Kaligo Records, Noise Music, Cartel Recordings, Compacto Records, Soundscape Records OFF e Hotstage.

Outra novidade foi a estreia do seu projeto de hybrid live ao lado de tarter, o New Old Technology (N.O.T), que promete fazer muito barulho na cena assim que as pistas retornarem à sua normalidade. Quer saber mais detalhes de tudo isso e um pouco mais? Segue o fio com a gente nesse bate-papo exclusivo com ele:

GRVE – Bervon, obrigado por topar essa entrevista com a gente. Para quem ainda não conhece muito sobre você, apresente-se! Idade, desde quando toca/produz, o que te trouxe até esse mundo…

Bervon – Obrigado pelo convite, pessoal! Minha história com a música começou nos meus 16 anos, quando comecei a ter contato com festas. Aos 17, comecei a ter as primeiras gigs legais e com 18 comecei a produzir minhas próprias músicas. Agora estou com 21 anos, algum conhecimento e estudando cada vez mais.

E você começou direto no Techno ou foi migrando a partir de algum outro estilo?

Meu ponto de encontro inicial não foi exatamente com o Techno, não era o que eu tocava, mas logo no início me converti ao estilo. Eu sempre toquei diferentes estilos por ter um gosto bem eclético, mas Techno é o que predomina nos meus sets, produções e apresentações hoje.

Fora esse, quais seus estilos favoritos e quem são seus heróis na música? Tanto aqui no Brasil, como lá fora… 

Eu gosto muito da cena Trance e de Drum and Bass. Malice In Wonderland, Dickster, Burn in Noise e Dj Marky são artistas fora do techno que eu gosto muito.

Antes da pandemia congelar por completo a cena, você teve a oportunidade de tocar em lugares bem especiais, Vibe, Inbox e até no Universo Paralello… Saudades das gigs? Podemos esperar um Bervon um pouco diferente de dois anos atrás? Em que sentido?

Saudades demais! Quando a pandemia começou eu vinha de uma sequência de datas especiais, o UP no ano novo, minha festa Momentum com dois artistas que sempre admirei e uma das melhores que já fiz, no Club Vibe. Teve a Carnavibe e outras que já almejava a um tempo e estavam marcadas, mas foram adiadas. 

Sobre um Bervon diferente, não só podem como devem [risos], eu mudei muito nesses últimos dois anos, amadureci e tive um crescimento pessoal muito grande que resultou no meu crescimento profissional. Isso me fez evoluir e mudar também o meu gosto musical e meu sentimento na hora de produzir. Tenho feito músicas bem diferentes com sonoridades únicas e espero que a minha volta seja impactante para todos.

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Falando em gigs, você recentemente começou um novo projeto ao lado do tarter. Como você pensa em dividir o Bervon com o NOT? Eles terão o mesmo peso em questão de importância? 

A ideia do NOT é agregar no crescimento do Bervon e do Tarter. Como o próprio nome já diz, somos uma união da nova geração com a antiga e queremos unir esse público trazendo algo diferente para eles. Com o projeto eu tenho mais liberdade de incentivar a minha mudança sonora do começo da pandemia com o Bervon e fazer músicas diferentes do que eu costumo fazer, com outra identidade, mas também atendendo o público de antes, só que de forma diferente. 

E o que de mais legal essa experiência com o NOT tem agregado no seu perfil? Você já tinha trabalhado nesse formato ‘b2b’ em alguma outra oportunidade?

Já havia me apresentado como b2b com alguns artistas, mas não gostei muito. São poucos os que eu criei intimidade a ponto de gostar e com o Tarter aconteceu de cara. Desde que eu me apresentei, ele sempre me tratou bem. Depois de passarmos parte do carnaval de 2020 juntos, ficamos mais próximos e em seguida veio a ideia da criação do projeto com a ajuda do nosso manager Mauricio Angelo. 

O NOT tem pouco tempo mas chegou chegando, rs. No segundo lançamento chegamos na melhor posição no top 100 do Beatport que eu cheguei na vida. E também ele tem uma proposta diferente do que eu apresento como Bervon atualmente, que é um setup hybrid live e explora mais melodias. Então sim, ele já tem agregado muito pro meu perfil.

O EP que saiu pela Kaligo ficou muito bom também, isso que mal tínhamos descansado do outro pela Createch, rs…

O EP ficou muito bom mesmo, tem uma proposta diferente, com uma faixa mais reta e envolvente, e outra com sonoridades de orquestra, mais melodia e break beat… curtimos demais o resultado!

Agora voltando ao Bervon, também teve novidade recente. Você lançou recentemente um EP pela Urban Soul onde o também curitibano Clark Bach participa como remixer, sendo que isso já tinha acontecido algumas vezes no passado. Tem um fit sonoro aí que você curte? Desde quando vem essa parceria com ele?

Eu sempre gostei muito do Clark, quando comecei a produzir pra mim, dos meus amigos ele era um dos melhores que estavam por perto. Eu acho as técnicas que ele usa diferente e acho as faixas bem únicas. Já tem um tempo que não fazemos coisas juntos, parte do EP estava pronto desde 2019… e no ano passado o Lucca M e o Veruah fizeram o outro remix e o lançamento acabou acontecendo só agora. 

E de lançamentos como Bervon mesmo, já dá pra relevar algum que vem pela frente?

Os que eu já posso falar que é pela Prototype Music e dois pela Kaligo Records novamente. Os outros ainda é segredo, mas logo compartilho com vocês 🙂

Você tem utilizado algum equipamento/plugin com mais frequência nas produções?

Eu gosto muito dos plugins da Native Instruments, acho que é a loja que eu mais uso e minha favorita no momento. 

Indo pra um lado mais pessoal: como tem sido cuidar e equilibrar a vida social com saúde mental nesse período? Passou por algum momento mais difícil?

A vida não é fácil né. A pandemia me trouxe muitos problemas e complicações que eu nunca tive nem tinha passado. Mas eu acredito que o que não mata fortalece e tempos difíceis treinam o espirito. Aprendi muito e sou uma nova pessoa. Sou um Bervon 2.0.

Fora da música, você tem algum hobbie? O que curte fazer quando está mais entediado? 

Essa é uma pergunta difícil. Eu me cobro muito para estar sempre trabalhando e estudando todos os dias da semana e muitos dos finais de semana também passo no estúdio produzindo, principalmente quando não tenho muito tempo para fazer isso durante a semana. Então quando não estou trabalhando, estudando ou produzindo, costumo me reunir com alguns amigos e amigas pra passar um som ou escutar alguns sets dos artistas que gostamos. A música é minha vida, então parte do trabalho acaba sendo minha diversão. 

Um sonho que você ainda quer alcançar? 

Lançar em algumas gravadoras que tenho um carinho especial como Suara, Uncage e Klockworks. Assim como me apresentar em festas como DGTL e Time Warp.

E por fim, um recado para os amigos e leitores que chegaram até o fim aqui com a gente… Obrigado, Bervon! Tamo junto e sucesso sempre!

Fiquem ligados que tem muita coisa por vir e em breve estarei de volta aos palcos! ❤️

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