No dia 7 de maio, o comitê Construção, Habitação e Desenvolvimento Urbano de Berlim aprovou o projeto que muda a classificação dos Clubes, de “locais de entretenimento” para “instituições culturais”. Para o projeto ser colocado em prática falta a aprovação do governo federal.
Caso o projeto seja aprovado, os clubes passarão a ter novos benefícios como ajuda financeira para superar o impacto econômico da pandemia, incentivos fiscais, autorizações que permitam operar em áreas mais amplas da cidade e possíveis isenções de limites de ruído.
A ideia para o projeto foi possível depois que um coletivo de proprietários e apoiadores de clubes, conhecidos como Clubcommission, apareceu no parlamento para mostrar a importância desses locais para a cidade. Em 2018, a vida noturna de Berlim gerou incríveis € 1,5 bilhões para a economia e atraiu cerca de 3 milhões de turistas.
“Com a decisão de hoje, o Bundestag (parlamento federal da Alemanha) está enviando um sinal forte e há muito esperado à república. Clubes de música são instituições culturais que moldam a identidade dos bairros da cidade como parte integrante da vida cultural e econômica. Agora, uma lei ultrapassada deve ser adequada à realidade. Isso ajuda a manter as cidades e bairros vivos e habitáveis, e a proteger os locais culturais do deslocamento”, conta Pamela Shobeb, integrante da Comissão do Clube de Berlim.
Atualmente o Berghain é o único clube classificado como uma instituição cultural, após um longo julgamento em 2016. A mudança na classificação resultou na redução do ICMS sobre os ingressos de 19% para 7%, o que provavelmente acontecerá com os demais clubes após a decisão.