PAPO GROOVE | Emanuel Satie

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Por em 28 de novembro, 2019 - 28/11/2019

O Papo Groove de hoje é com um super DJ e produtor baseado em Berlim que já deixou sua marca por gravadoras conceituadas como Cocoon, Saved Records, Knee Deep in Sound, Cécille, Noir Music, Souvenir e DFTD; estamos falando de Emanuel Satie! O alemão vem ganhando destaque a cada ano principalmente na produção musical, imprimindo seu estilo minimalista de maneira muito assertiva e sempre dançante, tanto que recebeu o prêmio de Melhor Produtor no DJ Awards de 2016.

 

 

Desde então, ele tem ocupado uma posição de destaque em muitos clubs e festivais ao redor do mundo e neste fim de semana ele deixa o frio de Berlim para desembarcar mais uma vez no Brasil e sentir o calor das nossas pistas. Sexta (29) ele será o headliner da noite Freak Chic no D-EDGE ao lado de Adnan Sharif e Leo Janeiro. Já no sábado (30), ele parte para o litoral catarinense no evento comemorativo de 3 anos do coletivo Seas, festa que está recheada de outras grandes atrações, como S.A.M., Sabb, Hoten e muito mais!

 

 

Antes de agitar os rolês por aqui, Satie reservou um tempinho para falar exclusivamente com a gente numa entrevista bem especial. Passado, presente e futuro, além de seu trabalho de estúdio e presença no Brasil foram algumas perguntas que fizemos a ele:

 

 

Olá, Emanuel Satie! Tudo bem? É um prazer falar com você. Frankfurt, por muitos é considerada a “capital alemã dos negócios e da tecnologia”. Imagino que você deva se sentir agradecido por ter nascido na cidade, certo? Hoje você está baseado em Berlim? Como foi morar e se desenvolver nessas duas cidades?

 

Oi, pessoal! É um prazer conversar com vocês, obrigado por me receberem. Sim, eu nasci em Frankfurt e já estou morando em Berlim há quatro anos. Ambas as cidades são uma grande inspiração para mim. Frankfurt, como você disse, é uma cidade de negócios, porém também é cheia de arte, música, grandes museus e clubs. Aqui encontrei o amor por house e techno com clubs como o Cocoon ou Robert Johnson. Berlim, por outro lado, é a capital do techno, a cidade dos sonhadores. Muitos DJs e produtores moram aqui, é uma grande comunidade, já aprendi muito e consegui ótimas oportunidades. Sem contar que a cultura de festas é incrível e funciona 24/7.

 

Como você observa e sente a intensa transformação da cena underground nas últimas décadas? O que há de melhor e pior neste universo musical que vivemos atualmente?

 

Mudar é normal, tento não julgar se é bom ou ruim, aceito a mudança e faço o melhor que posso. No fim, as coisas mais importantes não mudam, as pessoas gostam de dançar com boas músicas. Foco em produzir e tocar coisas boas e adapto às mudanças do business da melhor forma possível.

 

Seu aparente sucesso na indústria da música não tem muito tempo… Para você, quais foram os momentos-chave que te colocaram em um patamar mais elevado?

 

Foi uma combinação de alguns momentos, como assinar meu EP na Get Physical, trabalhar com DJ T. e receber suas orientações, meu #1 no Beatport e minha faixa “Come As You Are” na gravadora de Nic Fanciulli, que me deu bastante apoio e chegamos ao #2 no Beatport. “Don’t Forget To Go Home” ano passado também foi um empurrão, já que Sven Vath tocou o verão inteiro, além de lançar minha faixa “Planet XXX” na Cocoon Recordings esse ano, que também teve muito suporte de Sven, Dixon e me fez entrar para a família Cocoon, um grande passo para mim.

 

 

 

Falando um pouco de seu trabalho de estúdio… você já conquistou a equipe de curadoria de importantes gravadoras. No seu caso, você já produz pensando na gravadora ou prefere fazer seu próprio som e, apenas depois, planejar o que fazer com ele?

 

Sempre faço o que sinto no momento e depois penso para onde vou enviar. Na minha opinião, a melhor forma de produzir música é fazer o que você sente e o que gostaria de ouvir. Se você pensar muito sobre a gravadora, vai acabar parecendo como os outros artistas, sem originalidade e com bloqueio na criatividade.

 

Trabalhar em remixes também parece ser um ponto forte seu. Isso é mais por uma questão de escolha ou algo mais natural? Você gosta deste ambiente e do desafio de dar uma “nova cara” para uma música já existente? Existe algo imprescindível para você no processo?

 

Obrigado pelo elogio, mas para mim, remixar é muito difícil na maioria dos casos. Leva bastante tempo e esforço construir algo original e fresco a partir da ideia de outra pessoa. Por causa disso decidi focar apenas em originais no momento e fazer remixes apenas em ocasiões especiais.

 

 

Falando sobre o Brasil, você já esteve por aqui em outras oportunidades? Ao Alataj, você até afirmou que gostaria muito de tocar no D-EDGE e agora isso será realizado. Qual sua expectativa para esse momento? O que podemos esperar de novidades na sua apresentação, que também passa pela Seas, em Camboriú/SC?

 

Sim, já estive no Brasil algumas vezes, gosto muito do país e sempre vivi momentos fantásticos por aqui. D-EDGE sempre esteve na lista de clubes que eu gostaria de tocar, estou realmente animado para finalmente me apresentar lá, além de que meu amigo, Leo Janeiro, tocará no mesmo evento. O evento da Seas, em Balneário Camboriú, parece incrível também, o line up está excelente e há uma grande movimentação. Mal posso esperar pelos dois!

 

 

Para finalizar: o que faz uma pista especial e inesquecível para você? Que tal um recado para os brasileiros que irão te encontrar na pista? Obrigado pela conversa!

 

Uma pista especial e inesquecível para mim é aberta, positiva, cheia de energia e emoções. Bem do jeito que pude observar o Brasil. Ansioso para dançar com vocês, vamos nos divertir juntos!

 

 

 

 

Por: Marllon Gauche

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