Quando falamos de música, a palavra nostalgia sempre está ali, acompanhando de perto. Bernardo Ziembik, ou melhor, hoje apenas Ziembik, é um artista que assume publicamente seu carinho pelos clássicos e por essa sensação prazerosa que é o resgate de músicas e momentos marcantes, tanto que deu vida recentemente a uma festa voltada a essa atmosfera, intitulada “Classics”, com sua primeira edição realizada na última sexta no LIT Bar, em Balneário Camboriú.
Mas Ziembik vive um novo momento na carreira e tem outras novidades. Além de atuar como DJ e produtor, ele trabalha também com produção de eventos. Para não misturar uma coisa com a outra, decidiu mudar sua alcunha artistica apenas para Ziembik, uma mudança tanto externa quanto interna que marca um um período de renovação, um novo ciclo que se inicia e que já lhe rendeu ótimas conquistas. Falamos sobre tudo isso e mais um pouco logo abaixo em uma entrevista exclusiva com o artista. Acompanhe:
Oi, Bernardo. Tudo bem? Muito obrigado por aceitar conversar com a gente. Podemos dizer que você acabou de adotar um novo nome artístico, certo? Já explicamos acima um pouco o motivo dessa mudança, mas agora você tem a palavra. Quais fatores te levaram a chegar nessa decisão?
Tudo ótimo, obrigado pelo convite! A palavra-chave é renovação. Depois de 11 anos sinto que estava na hora de mudar um pouco as coisas, deixá-las mais sólidas. Como tenho também minha veia como produtor de eventos e quis deixar minha carreira mais artística, adotar apenas o meu sobrenome foi um passo pra esse novo momento.
Ficamos sabendo também que essa mudança chegou com novidades. O que já pode ser adiantado? Além de gigs terá estreia nos estúdios, é isso mesmo?
Exato! Já rolaram algumas gigs muito legais, como a estreia no D-EDGE, em São Paulo, além de outras programadas até o fim de 2019. Falando um pouco sobre produção, dois lançamentos estão previstos para este ano — um conjunto de edits e um EP original. Como Bernardo Ziembik já havia lançado algumas coisas, mas, para mostrar esse novo momento, senti que a volta para os estúdios era um ponto importantíssimo.
Nos seus sets percebemos uma construção guiada pelo techno, mas com bastante presença dos elementos da house music. Qual caminho você seguirá como produtor?
Não gosto de me prender a rótulos, mas, sim, é exatamente essa a referência. Gosto de me contextualizar… Quando é warm up, trago algo mais clássico, algumas coisas de Dub, Microhouse. No peaktime eu já construo um set mais voltado ao techno. Essa mescla estará presente nas produções, mas focados em som de pista, rápidas, com baterias bem trabalhadas e muito groove.
Falando um pouco sobre seu lado como DJ: você já entregou a pista para grandes artistas, tocou em importantes locais como Terraza, Green Valley, inúmeras vezes no Club Vibe, Levels, Jam Club… Essa trajetória é o que você desenhava nos seus planos?
Eu nunca desenhei uma trajetória precisa. Sempre fui muito grato por todas as oportunidades que tive e me orgulho do que fiz. Tocar com ídolos como Derrick May, caras que admiro como Traumer e Makam foram momentos únicos, assim como fazer um long set de 12 horas para 80 pessoas. Esse movimento e essa diversidade é que faz com que a coisa toda seja interessante. Agora posso dizer que me sinto realizado e com vários planos como profissional.
Você tem um carinho especial por Curitiba, não é? Inclusive você resolveu se mudar para a capital há cerca de 1 ano e meio… O que essa residência lhe rendeu de melhor até o momento?
Além de ser minha cidade natal, sempre adorei a capital. É a minha favorita no Brasil e também vejo que é a mais bem estruturada. A cena daqui está em constante crescimento, senti que seria uma boa alternativa para este novo ciclo da minha carreira. Estar aqui me rendeu responsabilidade e visão estratégica. Me ensinou a ser compreensivo e correr atrás do que desejo. Foi muito bom ter mudado, apesar de que Santa Catarina ainda está no meu coração — e parte do meu trabalho ainda acontece por lá.
E qual seu grande objetivo de vida? Digo, não apenas como Ziembik, mas como Bernardo Ziembik, dentro e fora da música…
Desenvolver o mercado e a cena que acredito, estar feliz e satisfeito com a minha entrega, ser reconhecido pelo meu próprio mérito.
Para finalizar: além das novas produções, o que mais de novidades vêm por aí? Obrigado por conversar com a gente!
Podemos considerar que 2019 já está quase acabando, então vamos falar de 2020. Além da Classics, festa lançada recentemente que teve a primeira edição no LIT Bar, em Balneário Camboriú, já estou programando alguns outros eventos, inclusive de grande porte.
Decidi que minha veia como produtor de eventos se unirá mais ainda à artística. Ou seja, ao invés separar os dois mundos, da Ludos e do Ziembik, eles ficarão mais próximos. Mais que isso, acredito que será o ano para eu realizar o sonho de realizar minha primeira tour internacional! Obrigado pelo papo, gente.
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